A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) divulgou, na manhã desta quarta-feira (27), o balanço dos incêndios florestais registrados nas Unidades de Conservação de Minas Gerais no período de janeiro a 12 de novembro deste ano, data que se encerrou o período crítico de seca no estado. Os dados revelam que 2013 apresentou redução de 57,4% de área queimada em relação à média histórica registrada nos últimos seis anos. Já em relação a 2012, a queda foi ainda mais significativa. Foram 78% menos hectares de área de preservação destruídos por incêndios.

Neste ano, a área queimada nas UCs estaduais foi de 13,6 mil hectares enquanto em 2012, considerando o mesmo período, 62 mil hectares de áreas de preservação foram atingidos por incêndios florestais. Em relação ao número de ocorrências, em 2013 foram 562 queimadas enquanto em 2012 foram 559. “Os números mostram a efetividade das ações de combate. Apesar de terem sido registradas mais ocorrências de incêndio do que no ano passado, a área queimada foi significativamente menor”, ressalta o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães.De acordo com a subsecretária de Controle e Fiscalização Ambiental Integrada, Daniela Diniz, os resultados se devem às condições climáticas a às importantes ações desenvolvidas pelo Estado. “Foram contratados cerca de 250 brigadistas para as nossas Unidades de Conservação que reforçaram as ações de combate. Além disso, decidimos pelo emprego das aeronaves nas ações de combate e a Polícia Ambiental intensificou a fiscalização nas áreas de preservação mais críticas, a fim de coibir as ocorrências criminosas. Aliado a essas ações, tivemos forte apoio da Adjuntoria Ambiental do Corpo de Bombeiros que mobilizou militares especializados em combates a incêndios florestais, além da atuação de brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e também dos voluntários”, explicou Daniela.

As ações citadas associadas ao fortalecimento da Força Tarefa Previncêndio (FTP) e ao funcionamento durante 24 horas da Sala Situação, resultaram ainda na redução do tempo de resposta de combate. Nas 20 UCs estaduais consideradas as mais críticas em relação às queimadas, as médias do tempo de resposta entre a detecção do foco de incêndio até o início do combate e do início ao fim do combate caíram, em alguns casos, para menos da metade do tempo registrado em 2012.

De acordo com o diretor de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais e Eventos Críticos da Semad, Rodrigo Bueno Belo, com a diminuição do tempo de resposta, em cerca de 60% das ocorrências registradas este ano, ou seja, 312 delas, foram queimadas áreas menores do que 10 hectares. “Ao contrário do ano passado, quando registramos 13 grandes ocorrências de incêndios com mais de mil hectares de áreas queimada em cada uma delas, este ano não há registros de ocorrência na qual tenha queimado mais de mil hectares. Podemos afirmar que isso é resultado de um esforço conjunto. Os gerentes das UCs e suas equipes conseguiram identificar rapidamente o foco, informaram à Sala de Situação que gerenciou as informações e avaliou com precisão a necessidade do apoio de aeronaves ou de pessoal no combate, bem como de equipamentos de suporte”, destacou.

Proteção Integral

Nas unidades de conservação de proteção integral a área queimada em 2013 também foi inferior ao mesmo período do ano passado. Enquanto em 2012 queimaram 11,6 mil hectares, neste ano a queda foi de cerca de 75%, com 2,8 mil hectares atingidos por incêndios florestais. “No ano passado, nos propusemos uma meta de redução de 50% mas, com todas as ações desenvolvidas e o empenho das equipes da Semad, do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e de todos os outros órgãos que compõem a Força Tarefa Previncêndio conseguimos resultados ainda melhores”, comemora o secretário Adriano Magalhães.

Ascom/Sisema
Ana Carolina Seleme